FITOTERÁPICOS NOS SINTOMAS RESPIRATÓRIOS DA SARS-COV-2
Autor/es:
» Cinthia Leal Paiva
» Ana Elyza Rocha Silva
» Cheila Cristina Martins de Araujo
» Caroline Petillo de Castro Stedile
» Ingrid Caroline Carreira
» Christina Paramustchak Cruz Cepeda
» Vanessa Erthal
» Halyson Rodrigo Guerra
» Nelson Morini Junior
Descripción:
Halyson Rodrigo Guerra 1
halysong@gmail.com
+55 41 8811-6704
Universidade Positivo, departamento de Fisioterapia, disciplina Saúde Única
Equipe
Ana Elyza Rocha Silva 1, Caroline Petillo de Castro Stedile 1, Cinthia Leal Paiva1,
Cheila Cristina Martins de Araújo1, Christina Paramustchak Cruz Cepeda2,Vanessa Erthal 2, Nelson Morini Junior 2
1 Alunos do curso de Fisioterapia da Universidade Positivo
2 Professores do curso de Fisioterapia da Universidade Positivo
Metas (Objetivo)
Verificar na literatura, conforme os artigos lidos e citados o uso de fitoterápicos no tratamento e nos sintomas respiratórios da Sars-Cov-2.
Analisar quais fitoterápicos podem ser de fácil acesso à comunidade carente em bairros da cidade de Curitiba, Brasil;
Atividades Desenvolvidas
As plantas têm sido extensivamente estudadas desde os tempos antigos e vários constituintes químicos importantes com tremendo potencial terapêutico são identificados. Ataques de microorganismos, incluindo vírus e bactérias, podem ser neutralizados com um sistema imunológico eficiente e, portanto, a estimulação do mecanismo de defesa do corpo contra infecções tem se mostrado uma abordagem eficaz. Polissacarídeos, terpenóides, flavonóides, alcalóides, glicosídeos e lactonas são os fitoquímicos importantes, relatados como os principais responsáveis pela atividade imunomoduladora das plantas (Hassan A, et al, 2021). Os produtos fitoterápicos são reconhecidos como uma abordagem complementar à medicação moderna; consequentemente, agentes imunomoduladores de fontes naturais têm se mostrado alternativas seguras e eficazes (Nugraha RV, et al, 2020).
Acredita-se que os terpenóides presentes nessas plantas medicinais tenham eficácia promissora na inibição das replicações do SARS-CoV-2. Além disso, as estruturas alcalóides como a licorina, a homoharringtonina e a emetina têm atividades anti-coronavirais. Outros produtos naturais isolados como emodina, baicalina, lguesterina, criptotansinona, silvestrol e sotetsuflavona mostraram inibição de importantes enzimas de replicação viral, inibindo seu crescimento (Boozari M, Hosseinzadeh H., 2021).
O crescente conhecimento sobre a estratégia de modulação do sistema imunológico para combater doenças infecciosas, especificamente as infecções virais tem sido utilizado a ação de várias plantas que comumente são utilizadas na medicina folclórica para o tratamento e prevenção de infecções virais, seja por afetar diretamente o patógeno, seja por estimular o mecanismo de defesa do corpo humano de várias maneiras. Acredita-se que os terpenóides presentes nessas plantas medicinais tenham eficácia promissora na inibição das replicações do SARS-CoV-2 (Boozari M, Hosseinzadeh H., 2021).
É bem conhecido que os fitoquímicos de plantas medicinais permanecem uma das principais fontes para a descoberta dos principais compostos para o desenvolvimento de drogas, enquanto alguns compostos naturais (como flavonóides, triterpenos e compostos fenólicos) foram relatados com atividade de inibição de 3CLpro, encorajando-nos a encontrar inibidores mais potentes de SARS-CoV-2 3CLpro de medicamentos fitoterápicos (Yuan Xiong, 2021).
Utilizando-se de literatura técnica, foram observadas determinadas plantas, suas substâncias e como elas foram aplicadas anteriormente em determinadas doenças com causas e sintomas próximos da COVID-19 para que fossem futuramente utilizadas nos sintomas da própria doença. Foram analisados dezenove (19) artigos científicos, de diversas origens, porém, preferencialmente estudos com plantas que possuíssem fácil acesso a população da região curitibana.
Tendo como artigo principal para embasamento, de 2020, “Fitoterápicos candidatos a combater sintomas da COVID-19 e seus possíveis mecanismos de ação”, de Dante F. Oliveira, et al. foram observadas as plantas contidas na tabela a seguir, suas ações e efeitos no corpo e formas de utilização além de origem e outros estudos relacionados às mesmas.
As principais plantas que foram relacionadas neste projeto foram: Allium sativum (Alho) com ação Anti-inflamatória, Antiviral e Imunoestimulante; Echinacea angustifolia, Echinacea purpurea, Echinacea pallida (Equinácea) também com ação Anti-inflamatória, Antiviral e Imunoestimulante; o Eucalyptus globulus, Eucalyptus citriodora (Eucalipto) contendo ação de Anti-inflamatório, Antisséptica e Antioxidante; o Zingiber officinale (Gengibre) que tem vários efeitos sobre Anti-inflamatória, Antioxidante, Antimicrobial, Antifibrótica, Imunomoduladora e Citoprotetora; o Glycyrrhiza glabra, Glycyrrhiza uralensis (Alcaçuz) com ação Anti-inflamatória, Antiviral, Antitussígena e Imunomoduladora; o Illicium verum (Anis-estrelado) cuja ação é antiinflamatória; o Justicia pectoralis (Chambá) que também é um potente antiinflamatório e broncodilatador; e por fim o Mikania glomerata (Guaco) com ação de Anti-inflamatória, Antitussígena. Antiespasmódica, Broncodilatadora e Febrífuga.
Conclusões: Muitas são as plantas medicinais que podem aumentar o sistema imunológico e ter ações antiviral para a melhora e/ou combate ao vírus Sars-Cov-2. Cada planta tem origens em países diferentes e as mais comuns que podem ser utilizadas na região da cidade de Curitiba - PR - Brasil foram descritas neste projeto. Pretende-se fazer orientações à comunidade sobre estes fitofarmacos.
Referências da Pesquisa
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